e os sonhos se desfazem em fumo
onde estavas. quando o meu mundo desabou. caiu aos meus pes. e se desfez em milhoes de pedacinhos. pequeninos. impossiveis de colar. quando tudo deixou de fazer sorrir. e transformou o olhar. e o sorriso cor de rosa. deixou de brilhar. onde estavas. quando tive de dar o primeiro passo. para a seguranca do meu ser. quando tomei a decisao de cuidar de mim. das minhas dores. e deixar os outros entregues aos seus segredos e suspiros. onde estavas. quando fechei os olhos. e no vidro da janela ficou a marca duma gota de agua salgada. duma mao. dum beijo. soprado. duma tristeza. e dum desespero. tao grandes que passaram para la da fronteira das coisas que se tocam. e se podem ver. e encheram a caixinha da alma. quando deixei de conseguir distinguir a realidade dum sonho. porque e agora que o real pesa. e os sonhos me parecem mais sensatos que a realidade a minha volta. onde estavas. quando as musicas deixaram de fazer sentido. sem as tuas palavras por detras. e os livros deixaram de brilhar. e puxar pela vontade de lhes pegar. e devorar. onde estavas. quando tudo deixou de ser importante. quando o frio. e as feridas na mao. e o barulho ensurdecedor. nas segundas a tarde. deixaram de me afectar. e tudo me comeca a parecer igual. bonito. triste. e confuso. onde estavas. quando deixei de ter alguem a quem esticar a mao. e os montes a volta pareciam despovoados. e os fantasmas se faziam ouvir ao longe. quando o medo invadiu as sombras. e o escuro deixou de ser um refugio. para me embalar. numa cantiga de encantar. de lembrancas e saudades. mortas. onde estavas. quando virei as costas. e chorar deixou de ter algum significado.
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