nostalgia ou so tristeza geral
era uma vez uma menina. que passeava pelas ruas da cidade. via as casas que a rodeavam. e colhia algumas flores nos jardins abertos a todos. aquelas que se deixavam apanhar por si. pela sua mao. e tentava. de vez em quando. entrar numa das casas. espreitava a medo. as portas entreabertas. e entrava. quando as sentia feliz. espiava as pessoas que la habitavam. os amigos que a frequentavam. as suas almas. e seres. passeava assim pelas ruas. vendo. apanhando. e entrando pelas coisas que lhe traziam bem estar. felicidade. procurava. creio. a sua casa. aquela onde poderia ficar. em paz. com os seus. aquela onde um dia. acreditava ela. entraria. e ficaria. para sempre. e poderia criar a sua familia. a sua vida. as vezes limitava se a espreitar das janelas. as palavras ditas num murmurio. os sorrisos por motivos que desconhecia.
(...)
ate que um dia descobriu. aquele cantinho no mundo que era so dela. passou a sua frente. e ela. simplesmente. soube. que aquele seria o seu mundo. o seu lugar feliz. sentiu lhe o cheiro. o toque. as palavras ditas pelas pessoas do seu interior.as musicas cantadas. tocadas. os sons. os sonhos. espreitou a porta entraberta. viu as cores. ofuscantes. suavizantes. e deu o primeiro passo. primeiro a medo. depois com certezas. e abriu a porta. escancarou a. para todos poderem ver o que la se passava. e comecou a conhece la. pouco a pouco. sem se mostrar totalmente. como um fantasma a que nos habitamos a ver passear pelos quartos. e percebeu. que chegara tarde de mais. que enquanto andara a passear. a tentar perceber o que era. e acreditava que o que era seu. aguardaria. perdera a sua casa. a sua opurtunidade. esta era a sua casa. e ja estava completa. amava a assim. mas nao era possivel la ficar. perdera a sua possibilidade de ser feliz. ter a sua familia. o seu mundo. vagueia agora por ai. pelas ruas da cidade que ja teem as portas trancadas. a sonhar acordada. com o que poderia ter sido. e nao foi. ja nao espia os outros. deixou de tentar conhecer. saber como sao os outros. diferentes. baixou os bracos. e criou um mundo so para si. onde era feliz. a parte de todos os outros. uma felicidade imaginada. mais pura. e irreal.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home