no silencio das linguas cansadas

20060213

que cedo entardeceu

As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pra águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo de saudade
Sem vontade de casar
Calça nova de riscado
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo 'inda era flor
Sob o meu chapéu quebrado
O sorriso ingênuo e franco
De um rapaz novo encantado
Com vinte anos de amor
Aquela estrela é dela
Vida, vento, vela leva-me daqui


elis regina, mucuripe

3 Comments:

Blogger coelho said...

A menina pó de arroz
A menina pó de arroz,
Nascida à beira do mar
Com o oceano nos olhos
E com sorrisos de lua
Nos seus lábios pequeninos
Que nunca ninguém beijou,
A menina pó de arroz,
Com seus cabelos de cobre
Onde o vento vem brincar,
Assoma à sua janela
P'ra ver a noite estrelada,
Para ouvir os sons da noite,
Para beber o luar.
Para ter em suas mãos
Macias, longas e brancas,
A noite tépida e branda,
A velha noite calada.
A menina pó de arroz,
Que por uma abreviatura
Do seu nome arrevesado
É chamada entre família
Por um nome miudinho
De marca de pó de arroz,
Com seu corpinho de fada
Que saiu de alguma fonte
Que há pouco perdeu o encanto,
Com a cabeça nas mãos,
Enquanto na casa dormem,
Veio pôr-se na janela
Para que a noite a beijasse.
A menina pó de atroz
Estará enamorada?

9:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

amiga
rita
catita

és bonita
caladita
és tu
rita

nos olhos castanhos
o sorriso saltita
nos teus doces olhos
menina bonita

leveza de ser
irrequieta, arrisca
a tua felicidade
amiga catita.

1:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nice colors. Keep up the good work. thnx!
»

12:48 da manhã  

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